terça-feira, setembro 25, 2007

O que fazer quando o assunto do momento no país inteiro é aquele sobre o qual não se pode falar em hipótese alguma?

Eu fico impressionada (sim, ainda fico), em como a cara desse povo não queima. Veja matéria publicada hoje, 25/09, no jornal O Tempo, de Belo Horizonte:



Sentiu falta do nome de algum político de expressão aí? Ou de referência a um certo cargo de importância máxima no Estado? Reparou que quando se considera o indiciamento, não são incluídos os então candidatos a deputado? E o termo "mensalão", você viu em algum lugar? Nem eu.

Além disso, vamos ver se você adivinha qual das matérias abaixo listadas foi a única a NÃO merecer a honra de ter uma chamada, mínima que fosse, na capa do jornal:
a) MP quer devolução de dinheiro de caixa dois;
b) Título corintiano foi "roubado";
c) Argentina é sede da Copa do Mundo Gay de Futebol;
d) Dezenas de monges budistas fazem protesto em Mianmar.

Sem comentários.

***

Enquanto isso, o blog Acerto de Contas faz um interessante cálculo sobre quanto valeria hoje os R$110 mil atribuídos ao pagamento "daquele que não deve ser nomeado":

(...) Pois bem, de acordo com o IPCA, fornecido pelo IPEA Data, se os R$110.000,00 tivessem sido recebidos em outubro de 1998, esse valor seria hoje R$203.265,78.

Se Aecio ficasse com o tucanoduto, e aplicasse em algum fundo DI disponível no mercado, teria hoje uma poupança bem superior: aproximadamente R$517.595,01, menos a taxa de administração cobrada dos bancos.

Pouco mais de 25 vezes a mensalada do Professor Luizinho.

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