segunda-feira, junho 30, 2008

seguinte:

estou sem tempo e, confesso, sem o menor ânimo para comentar os últimos desdobramentos da dobradinha "pimentécio" para as próximas eleições municipais em bh. só digo que, mesmo não tendo carro, penso seriamente em mandar fazer um adesivo bem chamativo com os dizeres:

SOU PETISTA,
VOTO JÔ MORAES!

e tenho dito.

domingo, junho 08, 2008

"Existe algo de muito podre em nossa imprensa"

(por Vilmar Berna, escritor e jornalista do Portal do Meio Ambiente)

"Jornalismo é publicar o que alguém não quer que seja publicado; todo o resto é publicidade." – George Orwell

Colegas, todos sabemos que um novo modelo de desenvolvimento e de consumo, mais sustentável e responsável e também mais justo depende fundamentalmente da sociedade saber escolher melhor seus governantes e adotar novos hábitos de consumo. Entretanto, só é possível escolher melhor se a população tiver acesso às informações democráticas e adequadas sobre o comportamento e a gestão dos seus governantes e sobre o real impacto dos produtos que consome.

Se a sociedade só tem acesso às informações positivas sobre seus governantes, e se as informações negativas lhe são negadas, então não pode ser responsabilizada pelas más escolhas que faz ao manter no poder governantes que não deveriam ter sido sequer eleitos.

Quando governantes compram a mídia para que só divulgue o que for positivo e oculte o que for negativo, quando as empresas sonegam informações sobre os reais impactos e sobre as externalidades do que produzem, fazem com que a sociedade prossiga escolhendo eleger os mesmos donos do poder e perseguindo um modelo de produção e consumo que acha o único bom e verdadeiro capaz de gerar progresso e atender às necessidades de todos.

Todos sabem das relações ocultas entre o poder e a imprensa (sempre com as raras exceções, para não sermos injustos), entretanto, também sabemos que é muito difícil comprovar essas relações e mais difícil ainda é conseguir dar divulgação adequada sobre os reais impactos do atual modelo de produção e consumo, numa mídia dependente do poder econômico dos governantes e das empresas para continuar existindo.

O impacto dessas relações ocultas na vida dos profissionais é sufocante, pois sem saber exatamente que tipo de conluio os donos do veículos, seus patrões, estabeleceram com os donos do poder e com os patrocinadores, colocam o emprego em risco todas as vezes em que ousam mostrar o lado negativo de algum poderoso.

Existe algo de muito podre em nossa imprensa eufemisticamente chamada de livre e, pior, parece que ninguém está dando muita bola para isso, no estilo de 'me engana que eu gosto'.

Cito dois exemplos que evidenciam essas relações ocultas. O primeiro é o episódio mostrado pela imprensa estrangeira no vídeo envolvendo o potencial futuro presidente da República Aécio Neves, a TV Globo e os jornais de Minas Gerais.

O segundo exemplo é revelado pela pesquisa do EPCOM (Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação) que ao cruzar os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com a lista de prefeitos, governadores, deputados e senadores de todo o país comprovou que os políticos de direita são os "donos da mídia" nacional.

No total, 271 políticos são sócios, proprietários ou diretores de emissoras de rádio e TV. Este número, porém, corresponde apenas aos políticos que possuem vínculo direto e oficial com os meios de comunicação – não estão contabilizadas as relações informais e indiretas (por meio de parentes e laranjas), que caracterizam boa parte das ligações entre os políticos e os meios de comunicação do país.

(Fonte: site Vi o Mundo)

segunda-feira, junho 02, 2008

Mais sobre Aécio e a mídia

Meu amigo Pirata reproduziu no site do Fausto Wolff o vídeo produzido pelo Daniel Florêncio para a Current TV, que eu postei aqui antes.

No seu texto, que pode ser lido na íntegra clicando-se aqui, o Pirata relembra que não são de hoje as relações mal-explicadas entre aecinho e a mídia... vejam:

"(...)
em 2.000, o presidente da câmara era aecinho.

$inhá mídia, qual hoje, só fechando no vermelho.

à época, todos os barões de $inhá mídia foram à Brasília, e, praticamente de joelhos, imploraram a aecinho a aprovação da lei de nr. 222.

tal lei permitiria a venda de até 30% das ações de seus veículos para grupos estrangeiros – o que daria aos baronato$ midiáticos um 'oxigênio' e tanto.

(* só para exemplificar, a revista veja, aprovada a lei, associou-se, primeiro, a um grupo midiático de oposição ferrenha a Hugo Chávez; pouco depois, ao atual parceiro, um grupo midiático da África do Sul, conhecido, também, por suas campanhas PRÓ-apartheid.
tutti buona gente...
muito importante: o percentual permitido para a venda de ações - repetindo, de 30% - já foi ultrapassado, mas o congresso até hoje finge entender a confusa matemática apresentada pela revista para explicar as negociações...)

voltando a 2.000.

nunca vira, desde então, aecinho trabalhando tanto, mobilizando tanto.
a lei, enfim, foi aprovada – em regime de "urgência urgentíssima".

é preciso, me diz, ser "gênio", ou, sei lá, "espírito de porco", pra ter a certeza de que ninguém se prestaria a um esquema desse se não tivesse algum equivalente interesse?
(...)"