(Por Henrique Gomes Batista, do jornal O Globo)
BRASÍLIA - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), costuma dizer que sempre é bem-humorado, mas não foi o que transpareceu ao ser questionado por jornalistas se teme que o relatório que investiga o valerioduto em Minas Gerais respingue em sua carreira:
- Olha. Eu sou a pessoa menos adequada para falar desse assunto, até porque desconheço, não tem qualquer relação comigo. Não tenho a falar com isso, você vai encontrar outras pessoas mais qualificadas para falar sobre isso, querida. Eu fui governador em 2002 e 2006 e por estas campanhas eu respondo - disse, em tom ríspido.
O principal alvo tucano da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o mensalão mineiro, deverá ser o senador Eduardo Azeredo (MG). O partido, entretanto, já decidiu lavar as mãos em relação à sua defesa. Na semana passada, o comando do partido teve uma conversa definitiva com o ex-governador mineiro. O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), o líder da bancada no Senado, Arhur Virgílio (AM), e o senador Sérgio Guerra (PE) fizeram uma análise criteriosa da da situação. De forma reservada, a cúpula tucana já tem uma posição de que Azeredo deve fazer sua defesa solitária, sem envolver o PSDB.
A constatação no ninho tucano é de que o partido já se desgastou muito em 2005 quando, para proteger o governador Aécio Neves e o próprio Azeredo, que ocupava então o cargo de presidente do PSDB, resolveu amenizar o tom das críticas ao escândalo do mensalão.
Os tucanos temem ser acusados de um acordão com o Planalto, porque o ministro das Relações Institucionais e articulador político do Palácio, Walfrido dos Mares Guia, faz parte do mesmo esquema já conhecido como valerioduto mineiro.
terça-feira, outubro 02, 2007
Em tom ríspido, Aécio diz que não tem relação com valerioduto mineiro
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